O palmito-juçara (Euterpe edulis) é um elemento-chave para a sobrevivência de mais de 50 espécies de aves e mamíferos nativos da Floresta Atlântica ao longo do litoral brasileiro. As principais ameaças à conservação do palmito-juçara são:
O palmito-juçara leva cerca de oito anos para começar a produzir frutos. Pode-se usar a polpa para fazer suco ou “açaí” batido. Mas é importante deixar sempre pelo menos a metade das palmeiras ou dos frutos para a alimentação da fauna nativa e a sustentabilidade da floresta!
A palmeira-imperial (Roystonea oleracea), nativa das ilhas Antilhas Menores, no Caribe, da Colômbia e da Venezuela, e a palmeira-real-da-Austrália (Archontophoenix cunninghamiana) vêm sendo amplamente plantadas para fins ornamentais na região litorânea do Paraná. Além de usar o mesmo ambiente onde o palmito-juçara ocorre de forma natural, essas palmeiras geram frutos que são disseminados pelas mesmas aves que deveriam, por sua função ecológica natural, estar disseminando sementes de palmito-juçara. Muitas dessas sementes estão germinando e estabelecendo populações dessas palmeiras exóticas no meio da floresta nativa, gerando competição direta com o palmito-juçara por espaço e por disseminadores de sementes.
Em função desse processo de dispersão e dos impactos decorrentes sobre espécies nativas de animais e plantas, essas palmeiras são denominadas de exóticas invasoras: as populações aumentam gradativamente, eliminando plantas nativas do seu hábitat natural e utilizando intensivamente os recursos do meio. Espécies exóticas não têm predadores naturais, o que facilita seu estabelecimento e cria processos de competição que espécies nativas não estão preparadas para enfrentar. O cultivo dessas palmeiras tem impactos diretos sobre o palmito-juçara e a sustentabilidade de muitas espécies nativas que vivem na Floresta Atlântica. O resultado é a perda de diversidade biológica e das funções ecológicas naturais da Floresta Atlântica.
Plante palmito-juçara: contribua para o sustento de animais nativos da Floresta Atlântica e para a saúde da floresta.
Substitua as palmeiras-imperiais e real da sua propriedade por palmito-juçara: contribua para conservar a paisagem.
Não cultive plantas exóticas invasoras: veja quais são na Base de Dados Nacional de Espécies Exóticas Invasoras.
Onde procurar mudas de palmito-juçara?
O Viveiro Florestal do Instituto Água e Terra em Morretes tem produzido grandes quantidades de mudas de palmito-juçara para uso na região. O viveiro faz doação de mudas até uma certa quantidade por pessoa e está localizado à Estrada de Santa Fé, 600, próximo ao centro da cidade de Morretes.
Onde plantar?