Este protocolo de análise de risco para plantas exóticas foi desenvolvido pelo Instituto Hórus e pelo Eng. Florestal Rafael D. Zenni, da Universidade Federal de Lavras (MG). As questões foram construídas a partir de protocolos já existentes, em especial da Nova Zelândia, da Austrália e da versão adaptada para as ilhas de Galápagos (Equador). Inicialmente adaptado para a América Latina, a versão atual tem foco nos tipos climáticos existentes no Brasil.

Na fase de adaptação, o protocolo foi aplicado a 114 espécies de plantas que ocorrem no Brasil. Algumas eram sabidamente invasoras. outras aparentemente não invasoras, ou invasoras menos expressivas. Algumas espécies avaliadas a título de teste são nativas. O grupo de espécies foi selecionado para permitir a verificação da eficácia do sistema de análise de risco, que deveria apontar risco alto para as invasoras e risco baixo ou necessidade de mais informação e análise posterior para espécies não invasoras ou menos invasoras (como plantas ruderais).

Cerca de 90% das espécies hoje invasoras no Brasil foram trazidas voluntariamente. Como o protocolo tem precisão de aproximadamente 90%, isso significa que, se houvesse sido usado realizada análise de risco antes da introdução, poderíamos ter 10% dos problemas atualmente existentes. A Estratégia Nacional para Espécies Exóticas Invasoras publicada pelo Ministério do Meio Ambiente em 2018, prevê a adoção de análise de risco para avaliação técnica da introdução de novas espécies.

As análises são consideradas inválidas se mais de 30% das perguntas não forem respondidas. Nesses casos, há necessidade de «avaliação posterior», ou seja, de obter mais dados para completar a análise.

Plantas analisadas pelo protocolo adaptado pelo Instituto Hórus