O protocolo de análise de risco para vertebrados terrestres foi desenvolvido pelo Instituto Hórus e pelo Biólogo Dr. Leandro A. Pereira, do ITFPR, nos anos de 2008 e 2009. Fundamentou-se no protocolo desenvolvido na Austrália (Mary Bomford, 2008). O padrão seguiu o protocolo já desenvolvido para análise de plantas pelo Instituto Hórus. O conjunto de perguntas está focado em quatro áreas: (a) características biológicas e ecológicas; (b) aspectos biogeográficos; (c) aspectos sociais e econômicos; e (d) características que potencializam o risco de invasão.
Foram avaliadas 62 espécies para o teste do protocolo. Os resultados estão disponíveis abaixo, assim como outras análises realizadas com o mesmo método. Uma parte das espécies inicialmente testadas é brasileira, movida de seu ambiente natural por interesses diversos ou pelo tráfico de animais, às vezes não apresentando histórico de invasão em outras partes do mundo. Outras espécies são invasoras clássicas em muitos países do mundo para onde foram levadas: javali, rã-touro, ratos, gatos, cães, lebre-europeia, cabras, pardal, tigre-d´água-americano. Algumas espécies são nativas e foram testadas para possibilitar a avaliação da eficácia dos resultados com base em dados do respectivo ambiente de origem.
Os níveis de risco são: (a) muito baixo; (b) baixo; (c) moderado; (d) alto; e (e) muito alto. A pontuação varia de zero a 150 pontos. Uma espécie é aceita para introdução quando o risco é muito baixo ou baixo. Um resultado de risco moderado indica a necessidade de mais informação para validar a avaliação. Recomenda-se que a introdução seja recusada se o risco é alto ou muito alto.
A precisão desse sistema foi de 85% para as análises iniciais. O fato de que para algumas espécies brasileiras há pouca informação de referência dificulta a análise, pois gera uma tendência a que haja muitos resultados que requerem mais avaliação. As espécies invasoras clássicas, porém, são facilmente reconhecidas e obtiveram resultados de alto risco. A ferramenta mostrou-se eficiente para análise da introdução de espécies exóticas.