O protocolo de análise de risco para peixes exóticos foi adaptado a partir do trabalho desenvolvido por Gordon Copp, do CEFAS (Centre for Environment, Fisheries and Aquaculture Science) na Inglaterra. O Instituto Hórus e os Biólogos Dr. Leandro A. Pereira, atualmente no Instituto Técnico Federal do Paraná (ITFPR) e Dr. Jean Vitule, atualmente na Universidade Federal do Paraná (UFPR), adaptaram o protocolo entre 2008 e 2009.
Um total de 95 espécies foram analisadas para gerar referência suficiente para estabelecer os níveis de risco no protocolo. Algumas das espécies analisadas eram nativas do Brasil e translocadas entre bacias hidrográficas, algumas sem histórico de invasão em outros países. Algumas das espécies eram invasoras clássicas em vários países, como tilápia, carpa e bagre-africano.
Os níveis de risco são: (a) muito baixo; (b) baixo; (c) moderado; (d) alto; e (e) muito alto. O risco moderado indica a necessidade de melhorar a análise, sem conclusão definitiva. As análises somente são válidas se os requerimentos mínimos são atendidos, o que inclui respostas para um número mínimo de perguntas, cerca de 70%.
O protocolo resultou em 85% de precisão para as espécies inicialmente analisadas. Como não havia referência de outros locais para algumas espécies nativas do Brasil, a informação disponível não foi suficiente para validar algumas análises, resultando em risco moderado. Essas análises precisam ser completadas à medida que houver mais informação disponível. Já as invasoras clássicas foram corretamente enquadradas como sendo de risco alto.