Animais exóticos originários de fora
do Brasil, como rãs, peixes, caramujos e até mesmo javalis e
lebres, têm provocado ameaças ao equilíbrio ecológico e à
saúde pública, pelo descontrole de suas populações. A
advertência vem de vários estudiosos que tentam alertar as
autoridades para que sejam feitas a fiscalização e
conscientização da população para o problema.
Segundo
Sílvia Ziller, presidente do Instituto Hórus de
Desenvolvimento e Conservação Ambiental, a presença de animais
invasores é decorrência muitas vezes de um incentivo
governamental à criação dessas espécies. "A rã-touro foi uma
espécie introduzida voluntariamente, para fins de cultivo. Em
1935, foram importados 300 casais com o objetivo de
solidificar a ranicultura no país", explica Sílvia.
Acidentes simples, como a ruptura de telas de
proteção, fazem com que o animal escape para o ambiente
natural e se dissemine descontroladamente. No caso da
rã-touro, o habitat atingido foi a floresta atlântica, o que
causou danos resultantes da competição das rãs com outros
tipos de anfíbios. "A rã é uma espécie voraz, que come tudo o
que ela consegue encontrar", afirma Sílvia. Um dos fatores é
que a rã-touro, originária da América do Norte, tem uma
capacidade de reprodução muito alta, facilitando sua
disseminação.
Outro animal que gera aborrecimentos em
várias regiões do Brasil e em diversos países é o caramujo
africano, que oferece perigo à saude das pessoas que entram em
contato com eles. Ultimamente, uma das maiores pragas é por
conta do mexilhão-dourado, molusco que tem entupido as
tubulações da hidroelétrica de Itaipu.
Entre as
soluções sugeridas para resolver o problema, Sílvia Ziller
aponta o controle dos criadores para evitar a fuga. O
Instituto Hórus tem uma página na internet, que recebe
informações sobre novos animais invasores. O endereço é http://tudoparana.globo.com/site.phtml?url=http://www.institutohorus.com.br.
Lívia
Araújo |