O caranguejo-aranha
(Hyas araneus), crustáceo originário do Atlântico Norte e
Oceano Ártico, foi encontrado na Península Antártica, em pleno
Hemisfério Sul. A descoberta dos pesquisadores Marcos Tavares e
Gustavo de Melo, do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo e
colaboradores do Programa Global de Gerenciamento de Água de Lastro
(Globallast), foi publicada na revista Antartic Science.
De
acordo com os cientistas, o caranguejo-aranha pode ter chegado à
região pegando carona na água de lastro ou das chamadas
caixas-de-mar de navios (usada para resfrigeração de equipamentos,
por exemplo).
Segundo Robson José Calixto, oceanógrafo do
MMA - Ministério do Meio Ambiente, as conseqüências para a
Antártica, continente isolado por 25 milhões de anos, são
imprevisíveis. "A descoberta reforça a necessidade do controle
internacional e nacional da água de lastro, com campanhas e ações
como as coordenadas pelo Ministério do Meio Ambiente contra o
mexilhão dourado", disse.
Originário do sudeste Asiático, o
mexilhão dourado já infesta águas interiores no Brasil, do Rio
Grande do Sul ao Pantanal. Mais sobre água de lastro em
www.mma.gov.br/port/sqa/projeto/lastro . (Ascom
MMA)
|