(Fernanda Odilla /Estado de
Minas)
Ao
invadir e se multiplicar em novos ambientes, animais e
plantas competem por espaço, presas e luz com os
nativos. Em muitos casos, podem transmitir doenças,
armazenar parasitas ou desencadear extinções em série.
Estima-se que os invasores deixam, todos os anos, um
prejuízo de cerca de US$ 43 bilhões. São plantações
destruídas, máquinas danificadas, criações aniquiladas.
Em Minas, além dos javalis, pelo menos outras 17
espécies estão causando dor de cabeça em muita gente.
Para saber exatamente a proporção do problema, o
Instituto Hórus de Desenvolvimento e Conservação
Ambiental está fazendo um levantamento em todo o Brasil.
Os resultados serão debatidos durante o I Simpósio
Brasileiro sobre Espécies Exóticas Invasoras, em
Brasília, de 4 a 7 de outubro.
Fogueira de
caramujos • Por quintais e hortas do País,
se arrastam dezenas de caramujos gigantes, importados da
África na década de 80 do século passado, para concorrer
com o escargô. Reproduzem rapidamente, transmitem
doenças e destroem plantações. A melhor solução é
enterrá-los e não queimá-los.
Gramíneas x
parques • Capins usados por pecuaristas,
como o gordura e a braquiária, são concorrentes
desleais, especialmente nos parques, onde cobrem o solo
e impedem o nascimento de outras espécies. Vieram da
África, nos navios negreiros, mas hoje são encarados
como ameaça.
Guerra ao mexilhão-dourado
• Do lastro de navios asiáticos direto para o
rio argentino Prata. O molusco, de até 4 centímetros de
comprimento, já percorreu milhares de quilômetros em
direção às principais bacias brasileiras, espalhando
prejuízo e causando pânico, especialmente no setor
hidrelétrico.
Peixe predado •
Capaz de atingir até 16 quilos e 1,2 metro de
comprimento, o tucunaré nasceu na Amazônia e já está nas
principais bacias de Minas Gerais, graças aos
pescadores. "O tucunaré é um predador voraz e causa um
desequilíbrio enorme", afirma Daniel Vilela, do Ibama em
Minas.
Fontes: Ibama e Instituto Hórus