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12/05/2004
CESP treina especialistas para controlar invasão do mexilhão dourado na região do Alto Paraná

Um grupo de 25 especialistas que atuarão como multiplicadores participam na próxima terça-feira, dia 18, de um treinamento especial sobre controle da invasão do mexilhão dourado na região do Alto Paraná. Essa região envolve diretamente os estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás. O treinamento, que será feito pela CESP, é uma das ações do Plano Emergencial para Controle do Mexilhão Dourado.

Esse plano foi implantado pela Força-Tarefa Nacional (FTN) criada pelo Ministério de Meio Ambiente em dezembro do ano passado. A CESP foi designada pela Força-Tarefa para coordenar o desenvolvimento do plano na região do Alto Paraná. O objetivo da campanha, que tem âmbito nacional, é evitar que o mexilhão dourado, um molusco exótico originário da Ásia, atinja bacias hidrográficas ainda não contaminadas. Nas regiões da América do Sul e do Brasil onde o mexilhão já se instalou estão sendo registrados diversos problemas ambientais, sanitários e econômicos.

Na terça-feira (11), em Ilha Solteira, foi concluída a ação inicial do plano no Alto Paraná, que propunha a divulgação regional da Força-Tarefa Nacional. Nessa etapa, a CESP realizou três reuniões técnicas nas suas usinas hidrelétricas Porto Primavera (entre os municípios de Rosana e Anaurilândia); Jupiá (entre Castilho e Três Lagoas) e Ilha Solteira (entre Ilha Solteira e Selvíria).

Participaram dessas reuniões cerca de 250 pessoas, incluindo lideranças comunitárias, técnicas, científicas e administrativas regionais diretamente envolvidas no controle e fiscalização de ações ambientais. Após uma palestra apresentada pelos especialistas da CESP, os convidados tiveram a oportunidade de ver “in loco” ocorrências de colônias de mexilhão nos equipamentos das hidrelétricas e nos reservatórios. Também foram apresentadas aos presentes algumas medidas e recursos que estão sendo utilizados pela CESP para controlar a infestação do animal em suas instalações. As ações incluem o trabalho de inspeção subaquática e do barco-escola do programa de educação ambiental.

Entre as entidades presentes nas três reuniões estavam: representantes do Ministério de Meio Ambiente; Ibama; Polícia Militar Ambiental; Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica (Abrage); Secretaria Especial de Agricultura e Pesca do Mato Grosso do Sul; Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo; prefeitura municipais de Ilha Solteira, Rosana, Aparecida do Taboado, Panorama, Paulicéia e Três Lagoas; DAEE; Colônia de Pescadores de Epitácio; Associação dos Produtores de Peixe de Ilha Solteira (Aproaqua); Unesp; Comitê de Bacias Hidrográficas Tietê-Grande; Faculdades Integradas de Jales; Clube Campo Eloy Chaves; Colégio Star World; Banco do Brasil, e Associação dos Amigos do Lagos Três Irmãos (Aalti).

Também participaram técnicos das empresas Duke Energy; AES Tietê; Copel; Cemig; Sabesp; Alstom; Schneider; Construtora Camargo Corrêa; Previne; Pecuária Damha; Empreiteira Fator; SBB Engenharia; além de empregados da CESP.

Força-Tarefa

O plano emergencial faz parte das ações propostas pela Força-Tarefa Nacional (FTN) criada pelo Ministério de Meio Ambiente por meio da portaria número 494, de 22 de dezembro de 2003. A portaria definiu um Plano de Ação Emergencial, sendo identificadas as regiões do Alto Paraná, entre os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, e de Porto Alegre para implementação da primeira etapa deste plano. Essas duas regiões apresentam diferentes etapas quanto à intensidade de colonização do ambiente pelo mexilhão dourado e possuem vetores de dispersão.

A CESP, por solicitação da Força-Tarefa Nacional, é responsável pela coordenação das ações da campanha na região do Alto Paraná, além de executar suas próprias medidas de controle do mexilhão dourado. O plano emergencial, que será desenvolvido nos próximos 90 dias, inclui basicamente conscientização de comunidades que possam se relacionar com o controle da dispersão do mexilhão e treinamento de representantes de comunidades técnicas que possam vir a ser chamadas a intervir no processo. A meta é controlar a transposição do mexilhão dourado para bacias hidrográficas ainda não atingidas.(CESP)


     
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